O blog do BID Invest discute o tema da habitação econômica sem carbono na América Latina e no Caribe (LAC). Os autores supõem que um maior acesso a moradias multifamiliares com eficiência energética poderia ter um impacto altamente positivo nos padrões de poluição ambiental. Tais projetos de habitação prevêem a implementação de medidas de eficiência energética, a compra de instrumentos de compensação, por exemplo, através da compra de créditos de carbono, para compensar as emissões remanescentes e manter a coerência com a meta de “carbono zero”. Além de minimizar o impacto da construção, utilizando materiais que reduzem as emissões de carbono associadas à sua fabricação e transporte, e maximizando a disponibilidade e uso de recursos naturais dentro do projeto, especialmente a iluminação e ventilação naturais.

Em dezembro de 2020, o BID Invest anunciou um investimento de até US$ 10 milhões no primeiro fundo habitacional de carbono zero da região, administrado pela Paladin Realty. O apoio do BID Invest consiste em um investimento acionário de US$ 5 milhões complementado por um investimento financeiro combinado de US$ 5 milhões com recursos mobilizados do Fundo de Tecnologia Limpa (CTF), um dos dois Fundos de Investimento Climático (CIF) fundos fiduciários multidoadores de doadores. A operação busca aumentar a disponibilidade de capital para o desenvolvimento de moradias sustentáveis construídas por incorporadores de médio porte para residências no México, Colômbia, Brasil e Peru.

Na região da ALC, tais projetos estão se tornando cada vez mais importantes. Por exemplo, no México, existe um projeto residencial chamado “Villas del Fresno” que alcançou a prestigiosa designação EDGE Cero Carbono (Excellence in Design for Greater Efficiencies), que consiste na construção de 1639 casas populares localizadas na periferia da Cidade do México e é apoiado pela Paladin Realty como seu principal investidor.

O fundo Paladin tem como objetivo investir um tamanho total de US$ 50-100 milhões na construção de moradias para lares com renda abaixo da renda bruta per capita de cada país. Todasas casas financiadas pelo fundo atenderão ao padrão de certificação EDGE da International Finance Corporation (IFC), um sistema de certificação de construção verde focado no desenvolvimento sustentável, enquanto pelo menos 75% das casas alcançarão a designação EDGE Carbono Zero.