De acordo com uma nota no blogue do BID Invest, estima-se que para prevenir perdas relacionadas com as alterações climáticas, a América Latina e Caraíbas (ALC) terá de investir até 18 mil milhões de dólares por ano, sendo as acções de adaptação de vital importância para reduzir a vulnerabilidade dos países a choques climáticos maciços e catástrofes naturais.

A agricultura, as infra-estruturas, a água e a gestão do risco de catástrofes estão entre as maiores necessidades de financiamento de adaptação. Para os países em desenvolvimento, os custos anuais de adaptação estão estimados em 70 mil milhões de dólares e espera-se que variem entre 140 e 300 mil milhões de dólares até 2030. Contudo, a adaptação representa apenas 7% do financiamento climático, e 98% desse financiamento de adaptação provém de actores públicos.

O investimento em soluções de adaptação preventiva pode ser mais eficaz e menos dispendioso para o sector privado do que uma resposta tardia. Segundo os autores da nota, as instituições financeiras deveriam intensificar o seu papel na canalização dos fluxos de capital para investimentos verdes. Esta oportunidade de negócio sustentável tem benefícios sociais e económicos. A taxa global de retorno dos investimentos na construção de resiliência é muito elevada, com rácios de custo-benefício que vão de 2:1 a 10:1.

O relatório publicado pelo BID Invest intitulado “Scaling up climate adaptation finance in the private sector”, explica como o BID está a integrar a adaptação climática em todos os negócios, incluindo o trabalho com os seus clientes para conceber estratégias climáticas e de sustentabilidade que considerem a protecção climática para as suas empresas, o desenvolvimento de produtos de conhecimento para o sector financeiro para aumentar o seu financiamento de adaptação, e a introdução da “cláusula de eventos climáticos” e cenários climáticos na análise de risco.