O financiamento para a conservação do ecossistema depende fortemente dos orçamentos governamentais e de doações ou subsídios filantrópicos. De acordo com um artigo publicado no blog do BID Invest, a falta de escalabilidade e reprodutibilidade dos atuais modelos de financiamento dificulta a adoção generalizada de iniciativas de conservação de terras. A transição para modelos de conservação mais modernos e auto-sustentáveis, bem como o acesso a fontes mais seguras e abundantes de financiamento adequado e personalizado, ajudariam nesta questão.

O artigo argumenta que o turismo sustentável seria uma boa opção para financiar os esforços de conservação e preservação dos ecossistemas naturais. Ele destaca alguns exemplos de modelos em pequena escala como o Projeto Explora em Torres del Paine, no Chile. De acordo com os autores, os investimentos orientados ao turismo sustentável podem desempenhar um papel importante nas carteiras institucionais, uma vez que podem gerar fluxos de receita sustentados e proporcionar um caminho para a escala.

Os bancos e instituições financeiras são outra peça essencial do quebra-cabeça para impulsionar ainda mais a expansão robusta das iniciativas de conservação de terras. Os títulos temáticos, como os títulos verdes, sociais e sustentáveis e, mais recentemente, os títulos ligados à sustentabilidade (SLBs), tornaram-se importantes instrumentos financeiros para promover uma agenda sustentável e inclusiva.